Aula 03 – Expressionismo

Expressionismo  Denominam-se genericamente expressionistas os vários movimentos de vanguarda do fim do século XIX e início do século XX que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que em sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva.

O expressionismo é um movimento artístico que procura a expressão dos sentimentos e das emoções do autor, não tanto a representação objetiva da realidade. Este movimento revela o lado pessimista da vida, desencadeado pelas circunstâncias históricas de determinado momento. A face oculta da modernização, o isolamento, a alienação, a massificação se fizeram presentes nas grandes cidades e os artistas acharam que deveriam captar os sentimentos mais profundos do ser humano, assim, o principal motor deste movimento é a angústia existencial.

O maior objetivo é potencializar o impacto emocional do expectador exagerando e distorcendo os temas. As emoções são representadas sem existir um comprometimento com a realidade externa, mas com a natureza interna e as impressões causadas no expectador. A força psicológica está representada através de cores fortes e puras, nas formas retorcidas e na composição agressiva. Desta forma, nem a perspectiva nem a luz importam muito, visto que são propositalmente alteradas. Este movimento artístico surge num período entre-guerras, todo o horror e o desespero sentido pelos acontecimentos da guerra e pelo sentimento da iminência de uma nova situação belicosa, foram colocados nas obras de arte.

Esse movimento é potencialmente a representação dos sentimentos/impressões/desejos entre outras características, dos artistas da época, sobre a realidade que eles tinham ao seu redor. É a principal característica, representar através da expressão dos sentimentos suas criações. Esse movimento surge em oposição ao Impressionismo, pois ressalta a subjetividade das criações. Nada é óbvio, tudo precisa de uma interpretação para ser “entendido”.

Neste movimento, a intenção do artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê- lo da mesma forma que é visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em contrapartida, o subjetivismo da expressão. Seu marco ocorreu na Alemanha, onde atingiu vários pintores num momento em que o país atravessava um momento de guerra.

As obras de arte expressionistas mostram o estado psicológico e as denúncias sociais de uma sociedade que se considerava doente e na carência de um mundo melhor. Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma forma de expressão, ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento em que politicamente isto era o que menos interessava.

DANÇA – Mary Wigman foi um grande nome da dança expressionista, porém não foi o único. Ela buscava um uso mais dramático do gesto, tentando expressar com seus movimentos uma narrativa construída para comunicar-se com sua plateia. Wigman não se limitou a propagar modelos apreendidos, para ela era necessário construir uma nova arte, então desenvolveu sua própria dança que ficou conhecida como Ausdrucktanz (literalmente, a dança da expressão). Em suas criações ela relacionava-se com a música de forma a criar uma relação de diálogo com a música, ou seja, para ela a coreografia e a música deveriam ser criados ao mesmo tempo.

CINEMA – Com poucos recursos tecnológicos, se compararmos a atualidade, e com muita imaginação surgiu o cinema expressionista. Assim como nas outras formas de linguagem envolvidas no movimento, o cinema também usava o exagero do sentimento para criar as suas narrativas, para contar as suas histórias. Nesta época a maioria das obras cinematográficas era muda e por isso usavam o recurso de ter algo que tinha a função de uma legenda, contextualizando os acontecimentos para o espectador. Um dos maiores representantes dessa época é o filme Nosferatu, uma sinfonia de horrores, de Friederich Murnau. Mas não podemos deixar de nominar: Fausto, Metrópolis e O Vampiro de Dusseldorf.

MÚSICA – A música expressionista caracteriza-se pela emotividade intensa, dissonâncias extremas, melodias ásperas e angulosas, podendo ser atonal, dodecafônica e/ou serial. Assim como nas outras manifestações artísticas expressionistas, o compositor deposita em sua música seus sentimentos mais profundos, extremos e desesperados, dando à obra um caráter exagerado e soturno. Arnold Schoenberg, Alban Berg e Anton Webern,formadores da “ Segunda Escola de Viena” são os três principais compositores expressionistas, sendo o primeiro o criador do estilo, e os outros dois seus discípulos de maior renome. Atonalidade é a total ausência de uma nota central, esta ausência pode nos causar certo sentimento de confusão e de aleatoriedade nas primeiras audições de músicas atonais. Isso acontece porque temos a tendência de procurar na música dentro do sistema modal e tonal. Da ausência de uma nota central, também segue a ausência de tonalidade e modos, ou seja, na música atonal não existe algo como um acorde maior ou menor, e tampouco escalas ou modos como dórico, frígio etc. A música atonal é considerada por alguns críticos como o tonalismo levado ao extremo. O certo é que a música atonal trouxe para a música uma “liberdade” jamais experienciada antes.

ARTES VISUAIS – O principal precursor deste movimento foi o pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com seu estilo único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso que também foram influenciados por esta manifestação artística. Outro importante pintor expressionista foi o norueguês Edvard Munch, autor da conhecida obra O Grito.

Clique para conhecer:

01. Expressionismo
Autor desconhecido

02. O Expressionismo, a Alemanha e a ‘Arte Degenerada’
João Grinspum Ferraz

A Casa Amarela – Tradução pelo Youtube

Paul Klee – Diário de um artista

Como os artistas vêem – Tradução pelo Youtube

Artistas brasileiros que participaram do movimento.

Lasar Segall

Anita Malfatti

Di Cavalcanti

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